sábado, 19 de março de 2011

A Menina dos Meus Sonhos.

    Quando eu a percebi pela primeira vez, não era a primeira vez que a vi. Estava simplesmente linda, gostava muito de dançar, e dançava com o corpo e com o olhar, um olhar gateado, daqueles que invadem a alma da presa. Parecia ser feliz, transbordava uma alegria no sorriso manso, na expressão meiga de sua face. Desejei tocá-la. Aproximei-me. Falamos, dançamos, estávamos nos entendo. Aos poucos ela revelou ser carinhosa, mas somente para roubar minhas carícias. E o tempo foi passando. Já eram quatro horas da madrugada, quando eu notei sua voz calma, uma canção aos meus ouvidos, cansados do som estridente das músicas do salão, estávamos sentados de frente um para o outro quando notei que naquele olhar e naquela voz havia uma desconfiança e incredibilidade nas minhas palavras; mesmo assim ela não se afastou permaneceu forte no seu propósito de conquista e domínio, qualidades próprias de aventureiros. Ao final troquei um beijo, ou melhor, roubei-o, ela quis corresponder, mas esquivou-se. Então com medo de uma provável derrota, puxei-a fortemente de encontro a mim. Foi quando o relógio despertou... “Acorda meu filho, hora do trabalho” minha mãe gritava da cozinha, “o café está na mesa”.
(Professor Edino)

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