tag:blogger.com,1999:blog-43889578896647447542024-02-19T05:20:43.444-03:00PROFESSOR EDINO.CONTO.BRUnknownnoreply@blogger.comBlogger10125tag:blogger.com,1999:blog-4388957889664744754.post-2415768135517096872011-04-11T01:31:00.004-03:002011-04-11T02:24:12.244-03:00Os Marinbondos<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 28px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Estávamos no mesmo quarto daquele dia da chuva se lembra, minha tia Lúcia estava lá também, ela é irmã de minha mãe e mora em Jacarezinho, numa chácara bem próxima à cidade, muito gostoso lá. Miguel, meu filho mais novo, numa certa visita, gostou muito também, catou minha prima Margarete pela mão e saiu em passeio, foi ver os bezerros, gansos e cisnes... Minha tia cozinha muito bem, ela faz um queijo divino, uma delícia.</span></span></div></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 24px; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 28px;">Mas naquele dia ela ainda era solteira e morava no sítio com o vovô e a vovó. Minha mãe e ela conversavam bastante, entre um afazer e outro em suas costuras ou bordado, não lembro direito, lembro que ali havia uma máquina de costura e minha mãe estava sentada junto dela e era o local para esse trabalho, além também do tricô e do clochê que minha mãe ainda faz muito bem; e eu estava por ali, como gosto muito de minha tia, ficava sempre próximo dela.<o:p></o:p></span></div></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 24px; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 28px;">A Alda perambulava pelo quarto todo; a janela parecia chamar a atenção dela, pois a todo o momento ela ia para janela, olhava para fora e para cima, minha mãe como sempre destinava um olho para nós, e sabendo como era a menina, vigiava o tempo todo.<o:p></o:p></span></div></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 24px; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 28px;">Percebi que a Alda começava a subir na janela e ficava de pé com a cabeça para fora, por trás da vidraça levantada, onde ela segurava com uma mão; minha mãe e a Tia Lúcia advertiam a Alda a cada momento, mas ela parecia não ouvir, sempre falando algo ou cantarolando; ela me faz lembrar a Stephani. Stephani é minha filha mais velha, desde pequena Stephani perambulava muito também, com uma ressalva, não era tão “arteira” quanto a Alda.<o:p></o:p></span></div></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 24px; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 28px;">Houve breve descuido...<o:p></o:p></span></div></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 24px; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 28px;">Depois de tanto peraltear levemente, a Alda, precisando fazer algo de impressionante, expetacular, ou até mesmo peraltice pesada, sobe de manso na janela; eu acompanhava tudo; ela olhou para minha tia, para minha mãe e para mim, percebendo a incúria delas, avança com o corpo para fora, nesse momento eu só via uma de suas mãos segurando na janela, os seus pés levantando o corpo ficando bem na pontinha dos dedos, até ficar apoiada na ponta de apenas um dos dedões, já que a outra perna balançava no ar para dar equilíbrio e alcançar seu objetivo.<o:p></o:p></span></div></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 24px; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 28px;">Segundo o relato da própria Alda nos dias de hoje, ela tinha queria alcançar uma caixa de marimbondos que ficava próxima ao beral da casa, pura curiosidade infantil, e conseguiu o que queria; colocar o dedo lá, com o indicador direito ela sentiu-o deslisar para dentro do habitat daqueles insetos que se tornam terríveis quando perturbados; não deu outra, uma nuvem deles saiu alvoroçadamente em nossa direção, entranto por todo quarto, não sei como a Alda veio ao chão tão rapidamente, me lembro em flashs da correria e que em seguida eu estava coberto por uma manta, e minha mãe e minha tia gritavam: ‘fica quietinho aí’, fiquei lá só ouvindo os gritos e ais.<o:p></o:p></span></div></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 24px; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 28px;">O restante dá para imaginar, a tia Lúcia, minha mãe e a Alda ficaram cheias de inchaços pelo corpo. Só eu saí ileso nesta. Imaginem a bronca que ele levou, como se isso fosse mudar o jeito dela. Sabe por quê? Não. Então leia a próxima história e saberá.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 28px;"><br />
</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 28px;">| <a href="http://professoredinopontocompontobr.blogspot.com/p/contos.html">voltar</a> |</span></div></div></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4388957889664744754.post-16082964027772724412011-04-11T01:27:00.005-03:002011-04-11T02:24:59.083-03:00A Chuva na Janela<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><span class="Apple-style-span" style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20px;"></span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 28px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Era à tarde, me lembro que havia passado o horário de almoço, estava bem claro apesar da chuva, parecia que era uma chuva de verão, daquelas em que você o sol num lado e a chuva noutro; o clima estava maravilhoso, sentia-me muito bem, a janela do quarto estava aberta e podíamos ver as goteiras de chuva caindo do beiral do telhado, minha mãe costurava, era ela que fazia nossas roupas, bordava, tricotava, clochetava, zirzia e tudo mais relacionado a as roupas.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 22px; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 28px;">A Alda? Ah! A Alda estava entre a janela e a cama, ela pulava de uma cadeira enconstada na parede junto à janela para a cama e vice-versa.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 22px; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 28px;">Para mim a chuva era algo mágico. Via aquelas gotas de água caindo e ficava sempre pensando de onde elas vinham, meu pai disse que elas vinham do céu, e era São Pedro lavando o chão do céu, e com isso derramava água na terra; os trovões era barulho dos móveis sendo arrastados lá em cima. Para os relâmpagos não lembro ter ouvido explicações.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 22px; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 28px;">Num certo momento a Alda começou a passar a mão pelas goteiras, para isso ela avançava com o corpo para fora da janela, em seguida trazia a mão para dentro e mostrava para mim, ‘oh não molha, não molha’; ia para lá envergava o corpo e passava a mão novamente pelas goteiras e repetia ‘não molha, não molha’; eu ficava mais encantado ainda, como poderia ela fazer aquilo, era muito mágico, eu gostaria de fazer também, mas era muito alto e eu era muito pequeno ainda.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 22px; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 28px;">Numa dessas idas a Alda foi com tudo, a cintura dela ultrapassou a altura da janela e ela ficou sem apoio, só vi a pernas dela virando para cima, a Alda estava caindo ia bater a cabeça e podia quebrar o pescoço, eu lembro que sempre me falavam isso; e num sobressalto eu vi minha mãe agarrando ela pelos tornozelos, já estava apenas vendo seus pezinhos, quando minha mãe a salvou.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 22px; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 28px;">Dá para repetir: ‘Que anjo forte tem essa Alda’.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 28px;"><br />
</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 28px;"><br />
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<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 28px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Depois dessa, por mais incrédulo que você seja irá acreditar que anjos existem. Lembro vagamente desta cena, minha mãe afirma que eu estava dormindo, mas existe uma imagem em minha mente tão clara que faz-me acreditar que eu estava lá, ao lado da Alda.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 22px; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 28px;">Naqueles tempos, meados dos anos 60, o chão das casas era de madeira e para mater aquele piso brilhando o costume era encerá-los e despois lustrá-los para que tudo ficasse bonito, limpo e higiênico. Minha mãe sempre fazia isto e a lata que continha cêra era guardada junto a cobertura do poço de água, pois era um lugar alto longe do alcaçe das crianças, visto que o produto pode causar danos a saúde, nem tão longe assim pois a Alda deu um jeito de cutucar a onça com a vara curta.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 22px; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 28px;">O poço tinha uma tampa que o cobria quando não estava sendo usado – tirando água – e sempre foi o hábito de todos adultos daquela casa, na época apenas meu pai e minha mãe, além dos parentes e vizinhos quando vinham visitar, e pode ter certeza sempre vinham, aliás, a casa de minha mãe sempre foi cheia de visitas, ela sempre foi bem querida, pois até hoje é assim.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 22px; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 28px;">A Alda não se sabe por que, subiu no poço e começou a pular para de um lado para outro sempre se segurando na travessa que era parte da sustentação da manivela usada para tirar a água do poço, havia uma corda e um balde amarrado nela. Então ela abre a tampa do poço, só pode ter sido ela, não me lembro tê-la visto fazer isso. Continua a brincar e então ela vê a lata de cêra; fica na ponta dos pés – isso tudo acontecendo em cima do poço – e a tampa aberta; então na pontinha dos dedões ela atinge uma altura capaz de, com a ponta dos dedos da mão direita empurrar a lata de cêra, a outra mão ela segura na travessa. Então empurra, empurra com tanta dificuldade que a lata sai e cai dentro do poço. A lata esta cheia, o barulho da queda batendo na água (tibum) foi grande. Minha mãe costurava e ao ouvir tamanho barulho ficou completamente gelada, pálida, assim a D. Zulmira nos conta, e imediatamente o pensamento foi que a Alda havia caído dentro do poço, correu imediatamente ao local e viu a Alda toda sorridente, mas bem assustada.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 22px; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 28px;">Abraçou forte e com vários sentimentos; ao mesmo tempo que sentia raiva pelo susto que passou também sentia grande alívio, pois a Alda estava sã e salva.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 22px; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 28px;">Então, havia, ou não um Anjo da Guarda lá? E é de se dizer que Anjo Forte.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 22px; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 28px;">Ah, a água do poço continuou boa, a lata de cêra, segundo D. Zulmira, ficava sempre bem tampada.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 28px;"><br />
</span><br />
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<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 28px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Eu tinha aproximadamente um ano e meio, não me recordo bem, nossa casa, pela visão daquela época em que eu ainda era pequenino, parecia enorme, os cômodos todos muito grandes, os móveis então, nem se fala, pareciam gigantes; e quando saía para o quintal, meu Deus quanta liberdade. Lembro-me de um lugar onde ficavam as galinhas, outro lugar havia bastante madeira para lenha. O quintal todo era cheio de árvores gigantes; para mim é claro; a maioria era frutas. Uma delas o pé de goiaba.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 22px; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 28px;">Claramente não sei como cheguei até lá, no topo da goiabeira. Minha visão só permite lembrar-se da pilha de lenha que havia embaixo da goiabeira, lembro-me vagamente de perambular por sobre ela. Outra imagem que vem a memória é a Alda pendurada de mão em mão, nos vários galhos pelos quais ela saltitava, parecia um macaco. Lembro também que ela falava muito e ficava sempre agitada.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 22px; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 28px;">Ouvi alguns gritos que não sei interpretar o que eram. Mas em seguida minha mãe estava lá embaixo; como eu estava grande; não tinha a percepção de que estava alto e sim que havia crescido. Ela também estava agitada e revesava a agitação com momentos de calma, muita calma e voz macia, com momentos de fúria e voz agressiva. Não estava entendendo bolufas alguma, nem imaginava, ou melhor, nem sabia o que era perigo, e que eu estava passando por um momento que era muito perigoso e podia causar um acidente grave. Para falar a verdade não senti medo algum, acho que não entendia o que era o medo ainda.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 22px; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 28px;">Aos poucos fui compreendendo que estava recebendo instruções do que deveria fazer. Põe um pezinho aqui, o outro agora, não, não volta, isso, põe um pezinho aí embaixo, nesse galho, segura no outro agora, põe o outro pé, o outro, não, esse não, o outro...<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 22px; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 28px;">Enquanto recebia as instruções recordo apenas da Alda de galho em galho, sempre pendurada, falante e agitda. E assim foi até chegar numa altura em que senti uma mão fria e úmida segurando minha perna e logo em seguida outra mão segurava-me por debaixo do braço e por fim me agarrando. Era a altura suficiente para o abraço da minha mãe.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 22px; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 28px;">Não me lembro de mais nada após isso, incrível, mas de uma coisa tenho certeza...<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><div style="line-height: 22px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 28px;">ANJOS EXISTEM!</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 28px;"><br />
</span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 28px;">| <a href="http://professoredinopontocompontobr.blogspot.com/p/contos.html">voltar</a> | <a href="http://professoredinopontocompontobr.blogspot.com/2011/04/o-poco-e-lata-de-cera.html">próxima história</a> |</span></div></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4388957889664744754.post-27667825556345146432011-03-19T23:37:00.001-03:002011-04-11T02:27:28.778-03:00A Menina dos Meus Sonhos.<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color: #4c1130; font-family: 'Courier New'; font-size: 19px;"> Quando eu a percebi pela primeira vez, não era a primeira vez que a vi. Estava simplesmente linda, gostava muito de dançar, e dançava com o corpo e com o olhar, um olhar gateado, daqueles que invadem a alma da presa. Parecia ser feliz, transbordava uma alegria no sorriso manso, na expressão meiga de sua face. Desejei tocá-la. Aproximei-me. Falamos, dançamos, estávamos nos entendo. Aos poucos ela revelou ser carinhosa, mas somente para roubar minhas carícias. E o tempo foi passando. Já eram quatro horas da madrugada, quando eu notei sua voz calma, uma canção aos meus ouvidos, cansados do som estridente das músicas do salão, estávamos sentados de frente um para o outro quando notei que naquele olhar e naquela voz havia uma desconfiança e incredibilidade nas minhas palavras; mesmo assim ela não se afastou permaneceu forte no seu propósito de conquista e domínio, qualidades próprias de aventureiros. Ao final troquei um beijo, ou melhor, roubei-o, ela quis corresponder, mas esquivou-se. Então com medo de uma provável derrota, puxei-a fortemente de encontro a mim. Foi quando o relógio despertou... “Acorda meu filho, hora do trabalho” minha mãe gritava da cozinha, “o café está na mesa”.</span></div><div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;"><i><span style="font-family: 'Courier New'; font-size: 14pt;"><span class="Apple-style-span" style="color: #4c1130;">(Professor Edino)</span><o:p></o:p></span></i></div><div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 19px;"><i><br />
</i></span></span></div></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4388957889664744754.post-62816332258210426012011-03-19T01:30:00.000-03:002011-03-19T01:30:19.999-03:00O Aprendiz<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><br />
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 2.0cm;"><span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">O menino tinha um sonho, ele queria muito voar. Na primeira vez não deu certo. Depois ele deu dois passos, saltou e exclamou:<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 2.0cm;"><span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">___ Senhor! Estou conseguindo.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 2.0cm;"><span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">E o velho respondeu indagando:<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 2.0cm;"><span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">___ Diga-me, qual é a sensação de estar por cima? Como é sentir-se como um rei? Heim!? Vossa Alteza!?<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 2.0cm;"><span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">___ Mentor!<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Gritou o menino (Mentor era o nome do velho), não precisa bater as asas como um beija-flor, nem cantar como um bem-te-vi. Basta o mínimo de esforço e o triplo de atenção, é fácil!<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 2.0cm;"><span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">___ Então, respire fundo e acorde! Disse-lhe o velho, isso é apenas um milésimo do que deverá aprender.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 2.0cm;"><span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 2.0cm;"><br />
</div></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4388957889664744754.post-10185319766726427302011-03-19T01:11:00.000-03:002011-03-19T01:11:14.596-03:00Longe É Um Lugar Bem Perto de Mim<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;"><span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">Lá estava eu, longe de minhas recordações. Fui-me embora para a cidade grande sem saber o que me esperava, imaginei até que a cidade me esperava. Mas...<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;"><span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">Sentei num banco da Praça Tiradente, em frente à Catedral, tentei pensar em algo que voasse meus pensamentos, mas o trânsito infernal despiu meu céu de ilusões. Só então, senti-me desolado, num mundo cheio de gentes e barulho.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;"><span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">Levantei-me e fui embora, fui encontrar minhas recordações.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;"><span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">Minha cidade me esperava. O inferno de meus tormentos encontrou a paz no céu.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;"><span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;"><span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"><br />
</span></div></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4388957889664744754.post-82758189716499876432011-02-13T01:27:00.000-02:002011-02-13T01:27:37.333-02:00SEM TÍTULO AINDA. Quero receber sugestões para o título desse conto. Deixe nos comentários...<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><div style="text-align: justify;"></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 18px;">Pela manhã logo que acordei, fui fazer a barba. Início de semana. Preparei-me para o trabalho. Como de costume tomei minha primeira xícara de café feito na hora. Continuei com os preparos, o tempo parecia passar rápido, levei o leite para meu filho, dei-lhe um beijo e um bom-dia, ele sorriu e agradeceu. Minha filha já estava quase pronta, deixo-a na escola e sigo para o trabalho, mas eu ainda não estava. Parecia que o dia seria diferente, a rotina não obedecia. Ao sair percebi que não havia recolhido o carro ele ficou para fora, na rua. Voltei, pois havia esquecido o controle do portão da garagem. Agora já no carro lembrei-me do celular. Voltei novamente. Rotina? Já não havia quase nada dela. Em fim seguimos.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Deixei minha filha na escola com um beijo e o desejo de uma boa aula. Segui para o trabalho. De repente a rotina parece voltar e tudo se tranqüiliza, meus pensamentos também.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Chegando a frente do trabalho, parei por uns instantes dentro do carro e fiz uma pequena oração. Pedi a Deus para ter um bom trabalho. Que Ele abençoasse os adolescentes, e eu aprendesse algo. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Quando cheguei à sala, todos já haviam feito a oração e estavam entrando, liguei meu “PC” organizei um pouco do que iria precisar dali uma semana. Uns cinqüenta minutos depois já era o momento de ter contato com os meus.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Hoje era dia de prova. Na primeira turma tudo normal, na segunda turma, alguma coisa estava diferente, inclusive a formação deles, ao invés de quatro filas, havia apenas três. Segui com o trabalho, distribui as provas, dei todas as informações necessárias.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Enquanto aguardava o final das provas, eu circulava pela sala. Num determinado momento, parei olhei no relógio, eram nove horas e vinte oito minutos. Guardei o relógio e olhei para através da janela, avistei uma casa com uma chaminé muito interessante, as sombras da araucária na frente da casa, passeavam sobre o telhado. Não havia vento. Essa foi minha estranheza. Fixei meus olhos e no flagrante do piscar eu vi uma paisagem rural, campestre, cheia de pinheiros (araucárias) eu caminhava e avistava casas ao longe, casas rurais, as chaminés com fumaças anunciavam um fogão cheio de afazeres, parecia que em alguns instantes eu sentia o cheiro do café passando, ao mesmo tempo eu percorria várias fazendas. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Numa delas me pareceu ter chegado ao paraíso, para chegar até lá cruzei um pequeno riacho, água bem transparente, corria levemente fazendo um murmúrio de córrego que só mesmo em filmes e em nossa imaginação, aquele som acariciava meus ouvidos e transportava uma calma e uma paz extraordinária para minh’alma. Depois de atravessá-lo por uma ponte de palanques sentei numa pedra enorme que havia ali e contemplei-o maravilhosamente. As suas margens por vezes havia um gramado (um pasto) de um verde completamente alucinante, por onde pastavam carneiros e ovelhas. Por vezes viam-se algumas árvores que deitavam suas sombras espessas no rio e no gramado, mais ao longe podiam observar outras que deixavam vazar os raios de sol enchendo de luz partes daquele imenso jardim rural.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Aos poucos deixei a contemplação, pois ouvi rumores de gansos que se aproximavam; estavam em número de sete e seguiam literalmente numa fila com distâncias exatamente marcadas.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Quando chegaram perto, eu estava meio tenso, pois aprendi ter receio com gansos.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">O primeiro da fila olhou-me como quem queria falar comigo, abaixava e esticava o pescoço, num movimento convidativo a acompanhá-lo, entendi que fora isso o que ele queria, e segui escoltado por sete gansos. Detalhe eram seis brancos e apenas um tinha uma pena rajada em cada asa. O caminho me conduziu a casa, não percebi no caminhar; foi tão rápido, uma distância tão longa, e nada de cansaço; voltei-me para trás e vi que estava no alto de um cume. De lá eu podia ver vários vales cortados por riachos, e algumas pequenas cascatas que desciam até eles, eram quatro no total. Uma delas parecia um filete de água, outra um véu, uma delas descia uma escada de pedras e a outra simplesmente jorrava água como uma fonte em uma pedra. Em um dos vales havia um morro que mais parecia um cone. Retomei meu olhar á casa, era ladeada de pedras retirados do próprio campo; logo atrás havia uma pequena mureta de pedras que abrandava o terreno pouco íngreme e debruçava sobre ela flores vermelhas, de um vermelho muito vivo; a casa era feita de troncos de arvores bem talhados, à frente uma porta de madeira bem pesada e uma janela que ostentava um vaso de parede sob ela. Com flores de uma espécie que não conheço, parecia impatiens grudados em cordões de cipós, flores de todas as cores, inclusive azuis.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Exalava de dentro um cheiro maravilhoso que misturava em minha mente vontade de comer (não de fome), com vontade de aspirar cada vez mais aquele cheiro delicioso envolvente, que ao mesmo tempo despertava um desejo enorme de amar e ser amado.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Ao que aparece um anjo, não uma anja... Anja? Existe anja?<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Sei lá.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Clara, não branca; de cabelos amendoados, longos até a altura dos seios, um manto e uma túnica brancos, muito brancos lhe cobria o corpo, pareciam plumagens que misturavam a algo parecido com umas asas. A brancura fazia destacar a cor amendoada dos cabelos e de sua pele. Os cabelos, levemente ondulados e volumosos, variavam nas tonalidades chegando a quase louros. A pele tinha um tom só. Os pés não tocavam o chão e que lindos eram aqueles pés de proporções notórias. Os dedos de suas mãos faziam um movimento leve como que me cumprimentasse e ao mesmo tempo me chamava para dentro, dedos e mãos perfeitas. Sua túnica era transparente e mostrava levemente um corpo estrutural, de formas incríveis. Seu rosto por fim traduzia a paz, o amor e todas as virtudes que se possa imaginar. Olhos perfeitamente azuis que combinavam indiscutivelmente com aqueles lábios carnudos e rosados. Seu sorriso mostrava uma alegria contagiante. Como é lindo quando a mulher sorri. Colocou sua mão esquerda sobre a minha direita, parecia que algo estava entre nossas mãos, com o seu olhar angelical me transmitiu, sem palavras, que um presente estava me dando.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Respirei profundamente aquele perfume, fechei meus olhos e ouvi uma voz dizendo: ‘Professor, faça o favor! <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Olhei para minhas mãos meu celular ainda apontava o mesmo horário, nenhum segundo mais, nenhum segundo a menos.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Olhei para o lado e atendi ao pedido de um aluno.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Retornei ao mesmo local olhei através da janela e vi a mesma paisagem, mas não tive a mesma sensação.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Senti uma felicidade a partir daquele instante.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Nada de especial, mas passei o dia muito bem, com uma sensação maravilhosa.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Noutro dia noutra sala olhei para a mesma paisagem, já não era o mesmo sol, nem as mesmas sombras.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Era outro dia com maravilhas diferentes. Então percebi que os dias mudam as paisagens mudam, nós mudamos, as sensações mudam apesar de estarem no mesmo lugar e serem as mesmas.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Hoje sou eu mesmo, mas diferente, sou o mesmo, mas mudei.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Espere não acaba por aqui, ao reler o texto comecei a sentir as sensações novamente, e um leve aroma chegar ao ar. Estou sentado agora, mas minha cadeira flutua juntamente com a mesa, e me sinto completamente feliz...<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Uma imagem surge ao meu lado é uma...<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: right; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Professor Edino </span></div></div>Unknownnoreply@blogger.com13tag:blogger.com,1999:blog-4388957889664744754.post-49515833341790479882011-02-11T08:36:00.000-02:002011-02-11T08:36:57.807-02:00O carro<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><div style="text-align: justify;"></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 18px;">Hoje, quando olhei pela janela de meu quarto, vi um carro estacionado no outro lado da rua, imediatamente veio a minha mente uma imagem de há muito tempo, eu estava a caminho de São José dos Pinhais, não me lembro direito com quem estava, nem o que eu iria fazer, só lembro que ia para lá.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Sobre um viaduto totalmente lotado, o trânsito quase parando e às vezes até parava mesmo, eu avistei um carro, ‘nossa que carro legal esse’ - pensei eu, conseguia ver através do vidro escuro um homem bem vestido, terno e gravata, não era quem dirigia, percebi então que havia um motorista, ou melhor, chofer; também havia outras pessoas no banco de trás, pareciam todos, ricos, pensei e imaginei que um dia eu também teria um carro desses, me vestiria igual a eles; parecia até que faziam reunião no carro. Muito confortável pelo jeito, pois donde eu estava sentia um calor e o sol queimava, mesmo por cima da roupa. Eles pelo contrário deveriam estar com ar condicionado. Que maravilha de carro.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Hoje o mesmo carro não é tão maravilhoso assim, ele é exatamente igual ao que vi no viaduto, cor e tudo, até os vidros são escuros, mas já faz tanto tempo.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O carro estava parado em frente a uma creche pública, fiquei ali lembrando meus desejos... Muito bom, maravilhoso sonhar, eu nunca tive um carro daquele, nem mesmo gostaria de ter um agora. Nossos sonhos evoluem porque os carros também evoluem, porém outras coisas não.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Enquanto lembrava o passado, sonhava com outros carros para o futuro - talvez seja essa a razão de nunca ter um carro evoluído, deveria sonhar com um carro para o presente, quem sabe. </span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Um rapaz de aparência jovem saia da creche com uma criança no colo, uma menina, parecia orgulhoso, tanto ele quanto a criança, caminhavam em direção ao carro, e realmente entraram no carro. Eles foram. Talvez para casa!<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Fiquei pensando, ricos nunca precisam consertar o carro, pois estão sempre evoluídos. Já o pobre rapaz, provavelmente deverá fazer alguns reparos, pois na partida me pareceu um barulho estranho, sabe: suspensão, amortecedor, escapamento, entre outros... Não sei se a mancha de óleo que vi já estava lá ou foi deixado por ele. Sei lá. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Alguns só pagam prestações, e ás vezes nem isso, outros além das prestações ainda arcam com os consertos, que muitas vezes, e na maioria delas são também parcelados. E são felizes, orgulhosos de suas conquistas<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Isso é justo meu Deus?<o:p></o:p></span></div><div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Professor Edino<o:p></o:p></span></div></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4388957889664744754.post-25275606022248124652011-02-10T23:08:00.000-02:002011-02-10T23:08:05.868-02:00VERGONHA OU O QUÊ?<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR; mso-no-proof: yes;">Olá! </span>Recentemente recebi um e-mail, que corre a internet, com o seguinte conteúdo(Ipses literis):</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR; mso-no-proof: yes;">"O grande parlamentar brasileiro TIRIRICA foi diplomado em 17.12.2010...<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR; mso-no-proof: yes;">Salário: R$ 26.700,00<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR; mso-no-proof: yes;">Ajuda Custo: R$ 35.053,00<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR; mso-no-proof: yes;">Auxilio Moradia: R$ 3.000,00<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR; mso-no-proof: yes;">Auxilio Gabinete: R$ 60.000,00<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR; mso-no-proof: yes;">Despesa Médica pessoal e familiar: ILIMITADA E INTERNACIONAL (livre escolha de médicos e clínicas).<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR; mso-no-proof: yes;">Telefone Celular: R$ ILIMITADO.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR; mso-no-proof: yes;">Ainda como bônus anual (+ 2 salários): R$ = 53.400,00<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR; mso-no-proof: yes;">Passagens e estadia: primeira classe ou executiva sempre<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR; mso-no-proof: yes;">Reuniões no exterior: dois congressos ou equivalente todo ano.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR; mso-no-proof: yes;">Mensalão: A COMBINAR!!!<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR; mso-no-proof: yes;">Custo médio mensal: R$ 250.000,00<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR; mso-no-proof: yes;">Aposentadoria: total depois de oito anos e com pagamento integral.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR; mso-no-proof: yes;">Fonte de custeio: SEU BOLSO!!!!!! <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR; mso-no-proof: yes;">Dá para chamar ele de palhaço?<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR; mso-no-proof: yes;">E agora... QUEM É O PALHAÇO??? <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR; mso-no-proof: yes;">Não precisa responder...<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR; mso-no-proof: yes;">Este é o BRASIL-SIL-SIL!!!"<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Escrevi então a Rede Globo de televisão o seguinte:</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR; mso-no-proof: yes;">Gostaria de sugerir uma reportagem que esclareça a realidade sobre os salários dos deputados e senadores de nosso país, bem como os deputados de todos os Estados do Brasil, e também gostaria que fosse mostrado a necessidade de tal salário.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR; mso-no-proof: yes;">Estou escrevendo porque fiquei indignado com a questão dos apartamentos funcionais em Brasília e a fortuna gasta na reforma de cada apartamento.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR; mso-no-proof: yes;">Recentemente fui aprovado num concurso para professores no Paraná, e havia vagas somente fora do Município onde resido; para tal cursei uma faculdade e pós-graduação sem contar os cursos de formação continuada, entre outros que ocorrem durante a carreira de um professor; mas para tal vaga, em outro município, não há auxílio moradia ou outros benefícios. Querem saber o salário inicial? Dá-me até vergonha, mas é a pura verdade:<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR; mso-no-proof: yes;">R$ 774,85; e se for aceito meu curso de pós-graduação; poderei começar com R$ 968,56 e só poderei ter um avanço (aumento de salário) 3 anos depois de passado o estágio probatório. Estava esquecendo tem o auxílio transporte que é de R$ 226,03 (quase igual ao dos parlamentares). Isso porque eu já tenho um cargo de 20 horas na mesma função.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR; mso-no-proof: yes;">Antes disso eu trabalhava 20 horas no cargo e 20 horas extraordinária, e recebia o mesmo salário de um cargo com a carreira de 24 anos de trabalho. Para não ficar sem as extraordinárias assumi agora em 2011, o novo cargo através do concurso realizado em 2007.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR; mso-no-proof: yes;">E então meu salário BAIXOU, se já tive estágio probatório antes, já passei por tantos cursos, por que tenho que começar tudo de novo, será que as minhas aulas tem menos valor a partir de agora, nesse novo cargo? Sem contar que para eu me aposentar é necessário; para professores homens; 30 anos de trabalho, não fica muito longe da aposentadoria dos parlamentares, diferença mínima, não é? E alguns deles nem mesmo o ensino médio terminaram.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR; mso-no-proof: yes;">Gostaria então que houvesse um esclarecimento a população sobre o salário, os auxílios e por que não dizer, das regalias dos nossos políticos. Quantos deles tem o Brasil? Multiplicando e somando esses "salários", qual é a quantia? O que dá para fazer ou investir em saúde, moradia e educação, com essa quantia?<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR; mso-no-proof: yes;">Se esse e-mail é real, que vergonha...<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR; mso-no-proof: yes;">Vergonha que nós sentimos, eles sentem o quê?<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR; mso-no-proof: yes;">Um abraço a todos!<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR; mso-no-proof: yes;">Para quem tem dúvidas, nesse link pode-se verificar os vencimentos dos Professores do Paraná.<!--[endif]--></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR; mso-no-proof: yes;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR; mso-no-proof: yes;"><a href="http://appsindicato.org.br/">http://appsindicato.org.br/</a></span></div></div>Unknownnoreply@blogger.com0